Projeto Reflora: Iniciativa privada, academia e governo unem forças para recuperar a Flora Gaúcha
- Clair Kuhn

- 28 de mar.
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O Palácio Piratini foi palco, em 28 de março, do lançamento oficial do Projeto Reflora, uma iniciativa que visa a reintrodução de mais de 6 mil mudas de espécies florestais nativas no Rio Grande do Sul. O evento contou com a presença do governador Eduardo Leite, do Secretário Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Tomé Kuhn, e de representantes das instituições parceiras. O projeto, que busca revitalizar o estado após as enchentes de maio de 2024, destaca-se pela forte colaboração entre o setor privado e a academia.
A cerimônia de lançamento no Palácio Piratini, com a presença do governador Eduardo Leite, sublinha a importância estratégica do Projeto Reflora para o estado. A iniciativa representa um esforço conjunto para mitigar os impactos das enchentes e promover a recuperação ambiental do Rio Grande do Sul.

O Projeto Reflora é uma colaboração entre a Seapi, a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), a CMPC, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e diversas instituições de ensino públicas e privadas do Rio Grande do Sul. É importante ressaltar que o financiamento do projeto é proveniente do setor privado e da academia, demonstrando um compromisso mútuo com a sustentabilidade e a recuperação ambiental.
Com duração prevista de três anos, o projeto Reflora seguirá um plano de ação estruturado para garantir o sucesso da iniciativa:
Coleta de DNA: Recolhimento de material genético das mudas em campo, assegurando a preservação da diversidade genética.
Enxertia: Utilização de técnicas de enxertia para fortalecer as mudas e garantir sua adaptação ao ambiente.
Florescimento Acelerado: Aplicação de tecnologia inovadora para acelerar o processo de florescimento das mudas, otimizando o tempo de recuperação da flora nativa.
Plantio Estratégico: Distribuição e plantio das mudas nas regiões mais atingidas pelas enchentes, priorizando áreas com maior necessidade de recuperação.

"A determinação do governador, dentro das iniciativas do Plano Rio Grande, era achar soluções, com tecnologia e inovação, para que pudéssemos acelerar o processo de recuperação", enfatizou Clair Kuhn. "Teremos a chance de deixar no Rio Grande do Sul uma marca de genética e de tecnologia que acelera a floração de mudas nativas para recuperar o ecossistema de todas as regiões que foram afetadas. É um projeto audacioso, e vamos buscar cada vez mais parceiros".
O projeto Reflora conta com um investimento total de R$ 7,5 milhões, com a seguinte distribuição:
CMPC: R$ 2,86 milhões.
Embrapii: R$ 2,34 milhões.
UFV (Contrapartida Econômica): R$ 2,30 milhões.
É fundamental destacar que o governo estadual atua como um facilitador e articulador do projeto, mas os recursos financeiros são integralmente provenientes de investimentos privados e acadêmicos.
A tecnologia desenvolvida pela UFV desempenha um papel fundamental no projeto, permitindo acelerar o florescimento das mudas e reduzir o tempo necessário para a recuperação da flora nativa.

Além do plantio das mudas, o projeto Reflora visa transferir tecnologia da UFV para outras instituições de ensino do Rio Grande do Sul, capacitando profissionais e ampliando o conhecimento na área de recuperação ambiental; formar pomares de sementes de mudas para aumentar a oferta de sementes de qualidade, garantindo a continuidade do processo de recuperação e produzir um manual técnico sobre resgate de DNA e indução de florescimento em espécies nativas, disseminando o conhecimento e as melhores práticas na área.
Fotos: Vitor Rosa/Palácio Piratini
Texto produzido a partir da matéria oficial do Governo Estadual.




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